DERIVA CONTINENTAL

Por Maria Guizzardi Sanches

A teoria da deriva continental foi apresentada pelo geólogo e meteorologista alemão Alfred Wegener em 1913, com a publicação de sua obra clássica "A Origem dos Continentes e Oceanos".

No decorrer da história científica, surgiram ideias e proposições que tinham a intenção de entender qual era a relação do ordenamento da litosfera e a forma que os continentes possuíam. Dentre elas, se destaca as proposições elaboradas por aquele que é considerado o pai do Atlas Moderno, o cartógrafo belga Abraham Ortelius e que posteriormente também fio constatada por Francis Bacon em 1620. Bacon notou que a costa leste do continente sul-americano e a costa oeste da África se encaixavam perfeitamente.

Entretanto, a ideia apenas foi aperfeiçoada quando o meteorologista e geofísico alemão Alfred Wegener, no início do século XX, trouxe ao mundo a teoria da Deriva Continental. Essa teoria defende a ideia de que há aproximadamente 225 milhões de anos atrás, os continentes terrestres inicialmente formavam uma grande porção de terra denominada Pangeia (termo que significa “toda a Terra”). Ao redor desse único continente, também existiria um único oceano, que recebeu o nome de Pantalassa. As ideias e explicações dessa teoria foram publicadas em um livro chamado “A origem dos continentes e oceanos”, tal qual foi o escrito pelo próprio Wegener.

Mapa da Pangeia elaborado por Alfred Wegener.

Wegener baseou sua teoria, principalmente, na semelhança entre as formas das costas dos continentes sul-americano e africano. Também foi utilizado o argumento de que a composição geológica se assemelhava em países que se encontravam em continentes distintos, de maneira que tais semelhanças serviam para comprovar que essas áreas estavam interligadas no passado. Outro fato interessante, é que a Deriva Continental se apoia em evidências apontadas pelos registros fossilizados de vida animal e vegetal nos diferentes continentes.
Com o passar do tempo, e com a gradual movimentação dos continentes, a Pangeia sofreu fragmentação e se tornou dois grandes blocos de terra, que foram nomeados Laurásia e Gondwana, que se encontravam no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul, respectivamente. A formação desses dois continentes ocorreu na Era Mesozoica (período Triássico), por volta de 220 milhões de anos atrás. Como a movimentação dos continentes ocorria de forma gradual e contínua, outra fragmentação ocorreu, tornando os continentes mais parecidos como hoje os conhecemos.

Representação da Fragmentação dos Contientes

A teoria da Deriva Continental não foi aceita por toda a comunidade científica na época, e Wegener em 1930 não conseguiu explicar por qual motivo os continentes se movimentaram ao longo dos anos. Naquela época ainda não se existia grandes e aprofundados estudos a respeito do interior do planeta Terra e a sua crosta. Wegener alegou que as massas emersas eram flutuavam pelo oceano e dessa forma acontecia a movimentação e fragmentação dos continentes.

Na década de 1960, uma outra teoria surgiu, e tal teoria explicava a formação da litosfera e deslocação das massas continentais. A teoria das placas tectônicas identificou que a litosfera, que é a camada mais externa do planeta Terra, é formada por grandes blocos de rocha que comportam tanto os continentes quanto o fundo dos oceanos. Esses blocos se encontram em movimento lento e constante sobre o magma, o que é causado pelas chamadas correntes de convecção.


Referências: 

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/deriva-continental.htm

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/deriva-continental.htm